domingo, 17 de fevereiro de 2008
O Mendigo
Solitário anda o Mendigo, caminhando sem companhia; o que possui traz consigo, assim vive o dia-a-dia//
Triste vem o Cachorro, lambendo suas feridas, tremendo de uma pata, chora e ninguém liga//
Ruas perpendiculares, se encontram na esquina; o Cachorro usa o faro, o Mendigo lhe acaricia//
O rabo entre as pernas, olhar ressabiado; tantos já lhe chutaram, por tantos foste ignorado//
- Cuidado Seu Cachorro, com essa gente apressada! Eles não olham para baixo e pisam em sua pata//
- Também já fui pisado, mas hoje não reclamo; aprendi de um jeito nada fácil, a ser menos leviano//
- Vivo com humildade, uma coisa de cada vez; o mundo é grande realmente, em um dia não se fez//
E o Mendigo, que casa e comida já tivera ao preço de uma coleira, hoje é rico de uma outra maneira//
Porque tudo o que possui é aquilo que carrega, e isso não é muito, quase não pesa//
Não lhe doem as costas, não resmunga da vida; de enxaqueca não sofre, a noite é bem dormida//
Não guarda rancores, não carrega dilemas; no seu céu à noite, não lhe faltam estrelas//
E quando o sol nasce, é um novo dia, mochila nas costas, café na padaria//
Andando por aí, como lhe apraz; isso é felicidade que dinheiro nenhum traz//
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Um comentário:
rapaz...comece a cogitar publicaçoes..mto bom!
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